sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Video Clipe: Até Quando?

Até Quando ?

corroborando com o poema Contra a Maquina posto agora a letra da musica do Gabriel O Pensador, "Até Quando ? ".

Até Quando? Gabriel O Pensador
Não adianta olhar pro céu, com muita fé e pouca lutaLevanta aí que você tem muito protesto pra fazer e muita greve, você pode, você deve, pode crerNão adianta olhar pro chão, virar a cara pra não verSe liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus sofreu não quer dizer que você tenha que sofrerAté quando você vai ficar usando rédea?Rindo da própria tragédia?Até quando você vai ficar usando rédea? (Pobre, rico, ou classe média).Até quando você vai levar cascudo mudo?Muda, muda essa posturaAté quando você vai ficando mudo?Muda que o medo é um modo de fazer censura.
Até quando você vai levando?(Porrada! Porrada!)Até quando vai ficar sem fazer nada?Até quando você vai levando?(Porrada! Porrada!)Até quando vai ser saco de pancada?
Você tenta ser feliz, não vê que é deprimente, seu filho sem escola, seu velho tá sem denteCê tenta ser contente e não vê que é revoltante, você tá sem emprego e a sua filha tá gestanteVocê se faz de surdo, não vê que é absurdo, você que é inocente foi preso em flagrante! É tudo flagrante! É tudo flagrante!
Refrão
A polícia matou o estudante, falou que era bandido, chamou de traficante.A justiça prendeu o pé-rapado, soltou o deputado... e absolveu os PMs de vigário!
Refrão
A polícia só existe pra manter você na lei, lei do silêncio, lei do mais fraco: ou aceita ser um saco de pancada ou vai pro saco.A programação existe pra manter você na frente, na frente da TV, que é pra te entreter, que é pra você não ver que o programado é você.Acordo, não tenho trabalho, procuro trabalho, quero trabalhar.O cara me pede o diploma, não tenho diploma, não pude estudar.E querem que eu seja educado, que eu ande arrumado, que eu saiba falarAquilo que o mundo me pede não é o que o mundo me dá.Consigo um emprego, começa o emprego, me mato de tanto ralar.Acordo bem cedo, não tenho sossego nem tempo pra raciocinar.Não peço arrego, mas onde que eu chego se eu fico no mesmo lugar?Brinquedo que o filho me pede, não tenho dinheiro pra dar.Escola, esmola!Favela, cadeia!Sem terra, enterra!Sem renda, se renda!Não! Não!!
Refrão
Muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente.A gente muda o mundo na mudança da mente.E quando a mente muda a gente anda pra frente.E quando a gente manda ninguém manda na gente.Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura.Na mudança de postura a gente fica mais seguro, na mudança do presente a gente molda o futuro!Até quando você vai ficar levando porrada, até quando vai ficar sem fazer nada?Até quando você vai ficar de saco de pancada?Até quando você vai levando?

Homenagem ao Poeta José

Uma homenagem ao Frater Poeta cujo ouso me divertir em dizer, nao a sua graça, pois ai perderia a graça, o mistério, mas para nao lhes infligir tamanha inquietação n'alma meus caros leitores direi-lhes apenas o epiteto Zé! sim, meus caros, é o Zé meu companheiro de poucas horas, mas horas proveitosas na faculdade e mais proveitosas ainda sao as nossas flanadas pos aula, nao faça mal juizo a nosso respeito, bem quisto leitor, sao nos momentos de flanagem que conversamos e sao migalhas de minutos,porem o suficiente para refletirmos sobre tudo aquilo que nos incomoda, nos pesa no coração, a realidade nua e crua e alguns sonhos.Espero que acredites no que vos digo leitor, mesmo sabendo tu o  que o mestre Pessoa nos ensinou :

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.

Sem mais delongas, persistente leitor,trilhemos agora para uma sucinta apreciação do poema POESIA CONTRA A MAQUINA .

Na primeira estrofe percebemos a dominação a qual o ser reconhece,sentido-se anulado, embrutecido, preso ao 'sistema', que lhe induz a opinioes prontas, nao querendo-o reflexivo mas sim passivo, ''domesticado", domado, aceitando tudo o que lhe é vomitado pelos aparelhos ideologicos, sendo transformado em um autômato, uma mquina de repetiçoes, sem novidades, surpresas, apenas repetiçoes, e concordamos com o ultimo verso desta estrofe "Uma vida para temer".
na segunda estrofe ocorre a rebelia ao ''sistema'', nos mostra que em diversos tempos da historia da humanidade houveram personas questionadoras, citando algumas personagens famosas que nao aceitaram passivamente a dominação pela classe dominante de sua epoca e lutaram contra.
Ao fim da segunda estrofe  e na terceira e ultima estrofe nos leva a relfetir sobre a forma de dominação de massas que é a midia, um aparelho ideologico massificador altamente eficaz, mais eficaz que as guerras,corroborando com o poema introduzo um trechoda musica do musico/poeta O Pensador, "A programação existe pra manter você na frente, na frente da TV, que é pra te entreter, que é pra você não ver que o programado é você."
Nas ultimos versos da segunda estrofe o poeta faz um tracadilho com o fato de que devemos enfrentar a tv , em frente a tv. E Finalizando o poema acreditamos que a mensagem do poeta seje que devmos ter esperanças de mudanças porem devemos agir e nao somente esperarmos.

Homenagem ao fraterno Poeta

Poesia contra a máquina


Da frieza da lâmina
O desejo e o sangue
São um só corte.
Da lembrança de mais uma guerra
Outra ferida para esquecer
Ou lembrar, ou sanar
Ou uma impossibilidade.
O eu que não sou
Como o ensejo potencial irrealizável.
Do inexequível já a ruína
E para os que troçam outra dúvida
De um jamais tão cotidiano
Já a sombra sem a luz
O som de antes do silêncio
Uma vida para temer:

O hebreu disse não!
Espártacus disse não!
O capoeirista disse não!
O terrorista disse não!
O anti-mídia com certeza dirá não!
E talvez algo mude.

Em frente à tevê
Enfrente a tevê.

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" Toda pessoa corre o risco de se tornar
bode expiatório da Globo. "

( inscrição num muro no centro de Santo André )

Breve...resumo Pedagogia da Autonomia

FREIRE,Paulo. Pedagogia da Autonomia-Saberes Necessária à prática Educativa. Paz e Terra. Coleção Saberes. 1996. 36ª Edição

            No livro Pedagogia da Autonomia, Paulo Freire nos leva a uma reflexão sobre a práxis do ensino contemporâneo nos apresentando novas perspectivas em que o indivíduo é o senhor de sua autonomia, nos mostrando que o ensino não é como um “depósito bancário” e ainda ressalta uma prática em que deva ocorrer o dialogismo, diálogo entre professor e aluno para a “construção” do conhecimento em que tanto docente e dicente conjuntamente aprendem.
            O ensino, segundo Freire, não deve ser transmitido como o professor  detentor de todo conhecimento e o aluno está lá somente para aprender e só aprender o que o professor ensinar, mas sim, deve ocorrer o aprendizado com a construção do conhecimento através do diálogo em que ambos, aluno e professor constroem o conhecimento. E esse dialogismo deve ocorrer com o professor respeitando e utilizando na construção do saber, o pré conhecimento do aluno, o conhecimento de mundo, todas as experiências vividas do aluno são pertinentes.
             Freire ainda destaca sobre o papel do professor em aguçar o senso crítico do aluno, ensinando-o a ser um ser pensante, questionador, que reflita sobre a  realidade, diante de sua existência, e construa sua própria opinião, escolhendo assim o que é melhor para si, sendo “senhor de si mesmo” ou como diz Freire no livro ser senhor da sua autonomia.
            Nos atenta ao “inacabamento” do ser, ou seja, que o saber é infinito, sempre existirá um novo conhecimento a ser construído, vislumbrado e refletido para desenvolvimento do ser humano.

Video Clipe: ANOTHER BRICK IN WALL- PINK FLOYD

Dialogando ainda com o texto de Rubem Alves ouso sugerir um vídeo clipe de uma banda Inglesa chamada Pink Floyd com uma musica que nos mostra o "professor" que não constrói, mas reproduz e segue com o ciclo de acondicionamento, obscurecendo e tornando o aluno num autômato, em que tudo o que lhes for imposto  seja aceito, sem necessidade de reflexão, para a manutenção da dominação da classe dominante. Espero que gostem da musica que se chama Another Brick in The Wall (Outro tijolo na parede), creio que o nome já nos da uma ideia dessa massificação do ser nivelando por baixo.

Sobre Jequitibás e Eucaliptos

A analogia feita por Rubem Alves, entre professor/educador e eucalipto/ jequitibás, nos leva a uma reflexão profunda e extremamente necessária à pratica da docência em todos os âmbitos, em que educador  é um ser magico, misterioso que tem uma historia, que ensina dialogando com o aluno para construir um conhecimento tornando o aluno em um cidadão praticante da cidadania, sensível e não embrutecido, com seu senso critico aguçado não aceitando tudo que lhe é imposto sem refletir, tirando suas próprias opiniões sem ser induzido a aceitar o que lhe é imposto. Já o professor ao olhar de Rubem é apenas um reprodutor  que vomita conteúdos que é sua função para um ‘’credito’’  para fins de alguma instituição, sendo descartáveis e ou facilmente substituídos por outros professores.
Acreditamos que esse educador de que fala Rubem Alves dialoga com  esse professor que Paulo freire nos apresenta neste trecho de sua obra.
“Não posso ser professor se não percebo cada vez melhor que, por não poder ser neutra, minha prática exige de mim uma definição. (...) Sou professor a favor da decência contra o despudor, a favor da liberdade contra o autoritarismo, da autoridade contra licenciosidade, da democracia contra a ditadura de direita ou de esquerda. Sou professor a favor da luta constante contra qualquer forma de discriminação, contra a dominação econômica ou das classes sociais. Sou professor contra a ordem capitalista vigente que inventou esta aberração: a miséria na fartura. Sou professor a favor da esperança que me anima apesar de tudo. Sou professor contra o desengano que me consome e imobiliza”. (Freire, Paulo. Pedagogia da autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 1996. Pág. 102-103).
Se a educação é um ato essencialmente humano e visa à formação do homem, não podemos pensar em educação sem ter em mente a finalidade a ser atingida com ela. Que tipo de homem nós queremos? Que tipo de sociedade nós desejamos? Se nossa luta é contra a desumanização, contra a barbárie travestida de civilidade; se nossos esforços são para invalidar a máxima Homo homini lupus o professor de que nos fala Freire é imprescindível.

Editorial

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Falando em Educação foi criado como um trabalho interdisciplinar do curso de Pedagogia da UMESP, com a utilização das novas tecnologias(o que já é uma forma de Inclusão Digital!) para compartilhar textos,informações,resumos, resenhas, charges,videos e opniões sobre a Inclusão Social para estabelecermos relações entre a Pedagogia(educação) e a prática de inclusão social.