Com o princípio de que “povo político é a cidadania ativa”, Carvalho nos mostra que a democracia política e o governo do povo devem estar dentro de um mesmo conceito sem distinções, pois o povo político, de alguma forma, sempre está participando da vida pública. Porém, nenhuma sociedade é constituída apenas com cidadãos, são poucos os que querem se envolver na participação política que está sendo realizada. Para que o povo possa se constituir político geralmente é necessário uma revolução que desperte na população o interesse pela política e os façam tomar atitudes emergências, o Brasil ainda não se deparou com uma grande revolução, o que faz sua população caminhar lentamente rumo a uma sociedade, parcialmente cidadã, para que o país chegue nesse estado é preciso que grande parte dos brasileiros estejam inseridos na democracia sendo cidadãos ativos.
O Brasil nem sempre teve essa carência de cidadãos, até o ano de 1881 ele foi um dos países mais democráticos do mundo, porém a o povo político foi perdendo sua voz com a implantação da lei que proibia o voto do analfabeto, sendo que 85% eram analfabetos. A Constituição de 1988 eliminou a exclusão do voto dos analfabetos e jovens de 16 anos passaram a votar, dando alavanco para o eleitorado que cresceu rapidamente.
Hoje temos um povo político que não amadureceu devido à ditadura que tratou rapidamente de silenciar e explorar o povo para que não tivessem um valor representativo na escolha de seu voto, mas temos também algumas organizações que estão envolvidas direta ou indiretamente com a política, como o MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) que ajuda a dar voz e opções de escolha ao povo que foi silenciado, diminuir as desigualdades e realizar o sonho de constituir uma sociedade inteiramente cidadã com um eleitorado independente e consciente.
Resumo de José Murilo de Carvalho: A Formação do Povo Político
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