Poesia contra a máquina
Da frieza da lâmina
O desejo e o sangue
São um só corte.
Da lembrança de mais uma guerra
Outra ferida para esquecer
Ou lembrar, ou sanar
Ou uma impossibilidade.
O eu que não sou
Como o ensejo potencial irrealizável.
Do inexequível já a ruína
E para os que troçam outra dúvida
De um jamais tão cotidiano
Já a sombra sem a luz
O som de antes do silêncio
Uma vida para temer:
O hebreu disse não!
Espártacus disse não!
O capoeirista disse não!
O terrorista disse não!
O anti-mídia com certeza dirá não!
E talvez algo mude.
Em frente à tevê
Enfrente a tevê.
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" Toda pessoa corre o risco de se tornar
bode expiatório da Globo. "
( inscrição num muro no centro de Santo André )
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