sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Sobre Jequitibás e Eucaliptos

A analogia feita por Rubem Alves, entre professor/educador e eucalipto/ jequitibás, nos leva a uma reflexão profunda e extremamente necessária à pratica da docência em todos os âmbitos, em que educador  é um ser magico, misterioso que tem uma historia, que ensina dialogando com o aluno para construir um conhecimento tornando o aluno em um cidadão praticante da cidadania, sensível e não embrutecido, com seu senso critico aguçado não aceitando tudo que lhe é imposto sem refletir, tirando suas próprias opiniões sem ser induzido a aceitar o que lhe é imposto. Já o professor ao olhar de Rubem é apenas um reprodutor  que vomita conteúdos que é sua função para um ‘’credito’’  para fins de alguma instituição, sendo descartáveis e ou facilmente substituídos por outros professores.
Acreditamos que esse educador de que fala Rubem Alves dialoga com  esse professor que Paulo freire nos apresenta neste trecho de sua obra.
“Não posso ser professor se não percebo cada vez melhor que, por não poder ser neutra, minha prática exige de mim uma definição. (...) Sou professor a favor da decência contra o despudor, a favor da liberdade contra o autoritarismo, da autoridade contra licenciosidade, da democracia contra a ditadura de direita ou de esquerda. Sou professor a favor da luta constante contra qualquer forma de discriminação, contra a dominação econômica ou das classes sociais. Sou professor contra a ordem capitalista vigente que inventou esta aberração: a miséria na fartura. Sou professor a favor da esperança que me anima apesar de tudo. Sou professor contra o desengano que me consome e imobiliza”. (Freire, Paulo. Pedagogia da autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 1996. Pág. 102-103).
Se a educação é um ato essencialmente humano e visa à formação do homem, não podemos pensar em educação sem ter em mente a finalidade a ser atingida com ela. Que tipo de homem nós queremos? Que tipo de sociedade nós desejamos? Se nossa luta é contra a desumanização, contra a barbárie travestida de civilidade; se nossos esforços são para invalidar a máxima Homo homini lupus o professor de que nos fala Freire é imprescindível.

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Editorial

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Falando em Educação foi criado como um trabalho interdisciplinar do curso de Pedagogia da UMESP, com a utilização das novas tecnologias(o que já é uma forma de Inclusão Digital!) para compartilhar textos,informações,resumos, resenhas, charges,videos e opniões sobre a Inclusão Social para estabelecermos relações entre a Pedagogia(educação) e a prática de inclusão social.